Monday, December 31, 2007

Yadda yadda yadda

Por que as pessoas gostam de mim tão de graça? eu nao sou especial, nao tenho anda de especial. De fato, por vezes acredito que sou uma fraude. Uma fraude nada bem construída, onde o exterior apresentável é colado com tinta ao invés de cimento.

As palavras também saem num suspiro apenas em alguns momentos, fica difícil respirar e tudo o mais. Dói ter que reconhecer que se é humano, que se está suscetível a alguns de seus sentimentos.

Queria, nesse momento ser feito de ferro, ou qualquer outra substância que demonstre rigidez e sisudez... e ainda me importo com escolha de palavras e estilo. Sou um poeta torto, fracassado que caiu em si e se viu como mais um.

Thursday, December 13, 2007

Anoiteceu, o sino gemeu, a gente ficou feliz...

Eu nunca quis morar em Curitiba tao ferventemente como hoje. E nunca quis ter um carro tao fervorosamente como hoje. Fui assistir ao tal Coral de Natal do HSBC. Tudo muito bonito, muito bem feito, com Irene Ravache, a.k.a Katina da novela com Tony "Nikos Petrakis" Ramos e musica ao vivo. Tá isso soou a propaganda de bar. Apesar de toda essa estrutura e coisetale eu nao me animo mais que um "legal...", mas isso nao importa, só tou dizendo.

Lá tinha uma guria linda. Cabelo preto escorrido, abaixo do ombro e franja reta, olho azul e rosto arredondado. Nao que olho azul seja grande parte de uma equaçao, ele só é bom se ele faz seu papel bem feito no meio da equacao. Foreign Exchange Student, I don't know what I like about them, I just do. E eu tambem sou louco pra conversar em inglês, testar se eu consigo uma conversa real deal e blas blas blas.

Foreign Exchange Ztudent pra quem nao sabe

Tinha um cara chato atras de mim, ela tava atrás mas um pouco pra esquerda, e ficava a molestando (no sentido de perturbar) com coisas que obviamente ela nao estava muito a fim de responder. O, are you serious? era a frase preferida dele, seguida coladinha da Are you kidding me?. Pergunta: eu odeio pessoas repetitivas (o livro do outro post deve relacionar esse tipo de pessoa no rol dos Idiotas...) quem mais? Acho que bastante gente levantou a mao. Se bastante gente lesse o blog é claro, no entanto o que nos interessa é a situacao desconfortável que a punha. ELA QUER ASSISTIR A PORRA DO CORAL!! Ou vc acha que ela vai querer perder tempo dos três meses que tem só pra conversar O RLY? e perder o Coral. Posso nao me emocionar como as outras pessoas mas compreendo que elas fiquem emocionadas e tem o direito de ficar.

Eu como todo romântico de tendências byronistas ensaiava alguma coisa pra aproveitar minha "achagem" de ela bonita e minha vontade de falar ingles. Hi, how are you?; What is your name?; Where're you from? e congêneres sao muito lame e for beginners, entao o que pode-se dizer? ... What are you doing Friday night? me pareceu bom, not beginner's shit e interessante o suficiente pra ser um lead. Agora entrou duas coisas: minha timidez e minha veia publicitária.

Veia tímida: Será que tá bom? Será que tem que melhorar?
Veia publicitária: Tem que melhorar a frase... Uso what ou nao? Acho que é melhor usar tomorrow invés de Friday. Mas Friday faz lembrar dos filmes onde os caras chamam pra sair na sexta-feira... todo mundo gosta de filme, vai criar graça, na pior das hipóteses empatia. Are you doing something tomorrow night ou Doing something tomorrow night?, o segundo é mais direto, supoe resposta a favor do emissor se for captada a intençao... How you doin'? ia ser matador! Ela conhece FRIENDS? Tem que conhecer.

Enquanto isso Mr. Nunsaince estava com How do you like Brazil?, podia ser mais clichê? O número de pessoas que ela deve ter ouvido perguntar isso... Como dito, pessoa repetitiva pessoa chata. Beleza, a parte da elaboraçao frasal tinha passado, a elaboracao abordativa tinha muita pouca coisa pra ajeitar, só sabia que teria que ser ao final da apresentaçao das criancinhas coraleiras (inventei a partir de coral). E depois? Como vai ser a saída na /secsta/-feira? Onde vai se encontrar e tal? Uhmm... campo comum é o HSBC, fácil de chegar, os dois sabem onde é e é certeza que encontra. Número ou outro meio de comunicaçao para o interím era fácil conseguir e o Pra Onde? eu penso depois. E veio: Vai Como?

Putasquepariram! Ônibus é depressivo. Vamo de ônibus? liga logo pra clínica de doenças psiquiátricas. Tô dizendo que ter um carro deixa seu pinto maior? Nao. Estou dizendo apenas que carro é uma coisa muito útil, nao do tipo "afrodisíaca", do tipo "disponivel". Tá, isso ficou beirando o vao e a futilidade, quem sabe deu até um mergulho neles, mas nao foi o intuito. E é foda nao ter uma casa sua, ou sua que vc more efetivamente. Voltar com hora marcada nao é uma opçao.

Foda-se!

E fui embora normalmente ao fim da apresentacao, olhando pra trás como um bom byroniano.
É claro.

O RLY?
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*parece que eu sou neurótico... nao foi tao complicado como ficou contando.
Now playing: Amy Winehouse - He Can Only Hold Her

 

Le Libre

Fui na bibliot livraria hoy. Vi vários livros, alguns mega boga, outros boga e outros nada de demais. Mas vi uns tres que me "emocionaram" mais.

Making Of, seilá o que da Fotografia. Mostrava vária coisa de producao e tinha tambem do basico de foto. Tinha os coisinho que se nao me engano o nome era bastidor, tipo uma abinha que se poe na lente pra protege-la e te-la por mais tempo. E como folheava aleatoriamente acabei abrindo numa pagina que tinha o seguinte olho: "O fotografo digital deve pensar digital", nao suspeito bulhufas o significado oculto semantico esoterico outer space por tras disso, fato é que eu olhei para a pagina marginalizada, a pagina impar, e vi uma peça publicitaria que ilustrava um caso em que nao tinha como se conseguir o cenario que se pretendia e tirar foto de milhares de vidrarias sem ficar reflexo inconveniente.

Vi um livro lindo de D&D, Dracominicon ou algo que o valha. Vário dragao, só falando de dragao pra RPG. "E vc joga RPG?" Nao, nao jogo, nao que nao queira... Mas o importante é que eu gosto de criaturas fantasticas mais ainda de dragoes e mais ainda quando alguem pira pra inventar um "se esse bicho existisse como seria?" Tinha tudo lá, como era os covis tipicos de cada especie, como era o desenvolvimento ab ovo, até a anatomia, musculos e o whatever.

O último livro era um de título bem sugestivo: Como Conviver com um Idiota. Os idiotas sao fato, e vc nao vai muda-los, e sempre vai te-los por perto, e o mais alarmante, vc vai precisar deles. LOL! O livro, na contracapa aparece isso, e nao se pode menti-lo, ele tem um tanto de razao. Dentre as suas qualidades ele promete uma lista com os tipos de idiotas e como lidar com cada um deles. Leitura quase obrigatória.

Troque seu idiota por um caozinho sem dono


Tinha também lá o tar A Bussula Dourada, mas só com capa do filme e com capa do filme eu nao quero. Perde a magia pra mim. Pensando em livros com capas de filme eu lembrei de um que eu compraria com capa de filme, Clube da Luta, eu perguntei pra vendedora se tinha, Sany, ela respondeu pergutando o nome do autor, nao lembro o nome dele agora, mas achei legal ela saber. Mas nao tinha, foi triste. Por um segundo eu pensei se ia ter o livro do Eduardo Spohr, nao sei se é assim que se escreve o nome dele... Vince Glotto, assim tenho certeza, lembrei que infelizmente só vende na Nerdstore. A Batalha do Apocalipse, o título.



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Now playing: Amy Winehouse - Wake Up Alone

Monday, December 03, 2007

Tati e o meu Humor

Uns posts atrás fiz um memo que dizia - craquelê. Tempos atrás fui na mostra de cinema francês com o meu primo Ferde. La pelicula: Las Vacaciones de Señor Hulot, ou no original Les Vacances du Monsieur Hulot, ou em português ainda As Férias do Senhor Hulot. Um filme supimpa demais da conta. Com muita ação, supense, romance e pastelão. Claro que não!! Estamos falando de Jacques Tati e Mr. Hulot. Só se tem humor aqui, humor e alguma crítica social, que mo lembro ser o caso de Mon Oncle. Mon Oncle é um filme simples: rico x pobre. Superficialidades do rico e profundidade do pobre.

Anyways, em As Férias... Mr. Hulot vai à praia. O filme inteiro se baseia nas possibilidades que a praia dá: esportes aquáticos, hospedagem com veranistas e o whatever. Um filme engraçado do começo ao fim, certo que não é melhor que Mon Oncle, mas é bom. Mesmo o filme sendo engraçado do fim ao começo e de cima para baixo não pude deixar de sentir a tal "vergonha alheia".


Vergonha alheia - s.f. os pudores de outrem; partes sexuais de outrem; acanhamento sentido em lugar de outras pessoas em ocasiões que estes não conseguem sentí-lo, comumente causado em situações de exposição ao ridículo



Em certa cena, não importa qual pois noutras cenas aconteceu a mesma coisa, mas nesta que senti mais vontade de cavar um buraco e esconder a cabeça, feito um avestruz. A cena era engraçada mas sabe-se lá o porquê o povo gargalhou craqueado, um som tenebroso parecido com vidro que se quebra. O que me intriga é como aquelas pessoas puderam rir daquele jeito. Será que eram todos decerebrados que não sabem os tipos de risos que devem emitir nas diversas situações? Até hoje acredito nisso, não achei outra explicação. Sei que com isso decreto que as pessoas são burras, com baita razão. Prefiro simplesmente não acreditar nisso. A situação exigia um riso de meia boca, note a diferença: riso de meia boca ≠ riso meia-boca. Não defini ao certo minha escala do "humor", senão escrevia aqui.

Representação gráfica das gargalhadas burras. Apesar de essa me passar harmonia e serenidade


*eu fui agraciado em assistir Mon Oncle certo feriado que fui pra Curitiba, assisti na casa da Nita. Tem que algum dia agradecê-la por fazer Moda... ou era por causa de Design?

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Now playing:Koji Kondo - Ocarina Songs
via FoxyTunes