Sou um tolo apaixonador. "Apaixonante" daria impressão de que eu o sou, um neologismo é mais fácil de lidar. Mais cedo consegui pensar numa palavra que diria o que quero, e era de bem melhor sonoridade.
Crio afeições facilmente. Ontem criei uma. Só isso. Tolamente, sem eira nem beira. Apenas criei. E mesmo criando essa, outra, uma afeição de outrora surtiu uma saudade fininha, gostosa até, de melancolia doce.
Não é muita coisa, mas gostaria de falar.
- A sem-pé-e-sem-cabecice está jogando. =P
Saturday, May 24, 2008
Friday, May 16, 2008
Quando Chico deixou Valentina Müller
Depois da separação ela permaneceu em estado catatônico por alguns dias e algumas longas horas. Quando deu-se em si estava fazendo um café à meia-noite, largou o bule e foi dormir. Continuou triste.
Esteve sem uma alma por mais um tempo. Nesse interím as plantas do vaso na varanda morreram, a esponja de louça terminou de envelhecer sem ser trocada e os banhos eram momentos frágeis. Vez em quando aproveitava a água nos cabelos para chorar fininho.
Após período de convalescença, infrutiferamente, meio-dia ligava o rádio para arranjar companhia, mas o radinho não o substituía. Todos os dias Valentina ligava seu rádio, sentia a inutilidade do ato e, desesperançada, deixava a cabeça pesar. Chico fazia-lhe falta à mesa. De tudo, Valentina sentia mais a falta de Chico à mesa.
Esteve sem uma alma por mais um tempo. Nesse interím as plantas do vaso na varanda morreram, a esponja de louça terminou de envelhecer sem ser trocada e os banhos eram momentos frágeis. Vez em quando aproveitava a água nos cabelos para chorar fininho.
Após período de convalescença, infrutiferamente, meio-dia ligava o rádio para arranjar companhia, mas o radinho não o substituía. Todos os dias Valentina ligava seu rádio, sentia a inutilidade do ato e, desesperançada, deixava a cabeça pesar. Chico fazia-lhe falta à mesa. De tudo, Valentina sentia mais a falta de Chico à mesa.
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